GOVERNADORA PARA TODOS OS SERVIÇOS

A governadora da província do Cuanza Sul (ex-governadora de Cabinda e do Bengo), Mara Quiosa, solicitou a construção de uma nova cidade do Sumbe, numa área mais protegida e melhor localizada. É assim mesmo. E se for necessário pode até pedir a construção de um novo… país. O pedido foi feito ao dono do reino (eufemisticamente também conhecido como Presidente da República), general João Lourenço.

AA governante elucidou que os trabalhos decorrem para a identificação da nova área, para a implementação do projecto no futuro.

“Ainda assim, vamos melhorar o Sumbe actual. Não vai desaparecer, naturalmente. O Sumbe tem a sua história, tem as pessoas que viveram toda a vida aqui e vai permanecer. Mas temos, de facto, de pensar um bocadinho além e começarmos a trabalhar também já nesta necessidade”, afirmou.

Durante a apresentação do relatório detalhado sobre as realizações e necessidades da província, Mara Quiosa lamentou o facto de os 12 municípios não terem ainda planos directores. Mas já recebeu o patrocínio do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás para a realização dos planos directores em três municípios.

“Portanto, os outros nove planos directores vamos tentar encaixar no projecto Njila, que é um projecto que está a ser coordenado pelo Ministério da Administração de Território”, adiantou.

Mara Quiosa apresentou igualmente a necessidade de concluir a obra da reabilitação do Palácio do Governo do Cuanza Sul.

Em termos de infra-estruturas integradas e rodoviárias, fez saber que decorrem a uma velocidade cruzeiro, para agrado da população que está com muita expectativa para ver o termino desta primeira fase das obras.

Na ocasião, Mara Quiosa solicitou que se comece a preparar, em termos de estudos e projectos, a segunda fase, porque a primeira fase não abarca toda a área da cidade.

A província do Cuanza Sul conta com 12 municípios, extensão territorial de mais de 55 mil quilómetros quadrados, e uma população estimada em 2.440.100 habitantes.

Em 2022, noutra frente, a então nova nova governadora de Cabinda, exactamente a mesma Mara Quiosa, prometeu “maior comprometimento, mais proximidade e valorização dos recursos humanos” locais, sobretudo atenção especial com a juventude, procurando responder às aspirações do povo. Já não era mau. A governadora sabia que em Cabinda existe… povo.

“Entendemos que Cabinda é uma província com muitos desafios, naturalmente à semelhança de outras. O que nós queremos agora é de termos uma governação cada vez mais de proximidade, cada vez mais participativa”, afirmou a governante, em Luanda. E os resultados foram tão bons que o seu patrão, general João Lourenço, lhe passou uma guia de marcha…

A “nossa perspectiva é de continuidade, continuarmos a trabalhar com os projectos já iniciados a nível da província de Cabinda, temos projectos estruturantes para aquela província, sem desprimor para a continuação da implementação do PIIM (Plano Integrado de Intervenção nos Municípios)”, frisou.

“Vamos trabalhar com todos e todas. Na nossa província fala-se muito da questão dos seus recursos naturais, mas é preciso fazermos também um grande investimento em torno de um outro grande recurso que consideramos essenciais que são os recursos humanos”, explicou a governadora, na altura 47 anos depois de o MPLA ser também dono de Cabinda, território que ocupou em Novembro de 1975.

Mara Quiosa foi nomeada como governadora da província de Cabinda, enclave do norte de Angola, em substituição de Marcos Alexandre Nhunga, no âmbito da composição do novo governo, após as eleições de 24 de Agosto que o MPLA perdeu nas urnas mas venceu na CNE e no Tribunal Constitucional, duas das suas diversas sucursais.

A governadora prometeu maior comunicação e proximidade: “É preciso comunicarmos bem, porque, de facto, sentimos que, às vezes, o que nos falta é de facto esta aproximação”.

“O nosso executivo está com grandes projectos, estamos com muitas realizações a nível da província e é importante que as nossas populações saibam o que está a acontecer e acompanhem todo esse crescimento que a província tem estado a verificar”, realçou.

Por outro lado, “uma atenção especial será dada à nossa juventude, aos jovens da província, naquilo que à empregabilidade diz respeito e também no âmbito da promoção contínua da habitação para os nossos jovens”, apontou.

Nas eleições de 24 de Agosto (2022), apesar da fraude, a UNITA, que continua a ser o maior partido da oposição apesar de ter vencido, de facto, as eleições, elegeu quatro deputados naquele círculo provincial, um resultado histórico, contra apenas um deputado do MPLA, no poder. É claro que um deputado do MPLA vale por 100…

Questionada se os resultados eleitorais deveriam implicar uma dinâmica redobrada para a província, a governadora respondeu que “é preciso comprometimento com o trabalho”.

“É preciso perceber quais são as grandes aspirações do povo de Cabinda e nós vamos trabalhar nesse sentido. É possível sim mudar o quadro, o que temos que fazer é trabalhar mais, estarmos mais envolvidos e estarmos cada vez mais próximos das nossas populações”, respondeu.

Para, dessa forma, “podermos identificarmos as suas grandes preocupações e com elas podermos melhorar e corrigir cada vez mais a nossa actuação”, concluiu Mara Quiosa, que na legislatura cessante (des)governou a província do Bengo.

Como se pode ver, tal como consta no site do Governo do general João Lourenço, trata-se de uma altíssima moldura (ou quadro) do MPLA. Foi Chefe de Secção do Comité Provincial da JMPLA, de Secção do Comité Nacional da JMPLA, de Departamento Produtivo e Social do Comité Nacional da JMPLA, Directora do Departamento de Cultura Recreação e Desportos do Comité Nacional da JMPLA e Deputada à Assembleia Nacional.

Além disso, em 2021 foi Membro do Comité Nacional da OMA, em 2018 Membro do Bureau Político do MPLA, em 2016 Membro do Comité Municipal do MPLA de Luanda, Primeira Secretária do Comité Municipal do MPLA de Luanda, Membro do Comité Provincial do MPLA de Luanda, Membro da Comissão Executiva do Comité Provincial do MPLA em Luanda, Membro do Comité Central do MPLA, Membro honorária do Movangola.

Em 2015 foi Membro do Comité Provincial da OMA, Membro do Comité Nacional da JMPLA, em 2013 Membro da Comissão Executiva do Comité Distrital do Sambizanga, em 2011 Coordenadora do Núcleo da OMA, CAP 165, em 2010 Membro de Direcção do CAP 163, em 2008 Membro da Cruz Vermelha de Angola, em 2007 Membro da Akwa Sambila. Em 1999, com 19 anos, ingressou no MPLA.

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